Agências da Caixa Econômica Federal seguem fechadas em Mogi das Cruzes (Foto: Everton Souza/TV Diário) ECONOMIA - A greve dos bancário...
Agências da Caixa Econômica Federal seguem fechadas em Mogi das Cruzes (Foto: Everton Souza/TV Diário) |
ECONOMIA - A greve dos bancários da Caixa Econômica Federal terminou nos 7 estados onde havia sido mantida após assembleias regionais realizadas nesta sexta-feira (7). Os outros 19 estados encerraram a paralisação na véspera. A categoria retorna ao trabalho na segunda-feira (10).
Na véspera, a categoria decidiu por manter a paralisação em sete Estados: Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Nos demais 20 estados --além do Distrito Federal--, a categoria aceitou nesta quinta-feira (6) a proposta da Fenaban (Federação Nacional do Bancos) de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500.
A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.
Veja os estados onde a greve dos bancários da Caixa terminou nesta sexta:
AMAPÁ
Depois de um mês em greve, os bancários do Amapá voltaram ao trabalho nas agências na manhã desta sexta-feira (7). No Centro de Macapá, onde se concentram os principais bancos no estado, as grandes filas se formaram desde cedo. Em todas as agências o horário de expediente foi mantido para começar às 11h.
BAHIA
Os bancários da Caixa decidiram nesta sexta-feira (7) encerrar a greve na Bahia. O fim da paralisação foi acordado em assembleia, realizada na sede do sindicato, localizada na Ladeira dos Aflitos, em Salvador. Na última quinta-feira (6), os demais bancários do estado já haviam aceitado a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e encerraram a greve nacional iniciada em 6 de setembro.
MARANHÃO
Os servidores da Caixa do Maranhão decidiram acabar com o movimento de greve e a partir de segunda-feira as agências voltam a funcionar normalmente. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB) após assembleia realizada na noite desta sexta-feira (7), em São Luís. A greve começou no dia 6 de setembro.
PERNAMBUCO
Um dia após a a maior parte dos bancários de Pernambuco decretar o fim da greve no estado, os servidores da Caixa decidiram por ampla maioria retornar ao trabalho em assembleia. Foram 300 votos favoráveis ao fim da greve contra apenas 10 contrários, além de duas abstenções. As agências da Caixa voltam a funcionar normalmente na próxima segunda-feira (10).
SÃO PAULO
Capital, Osasco e Região
Os bancários da Caixa Econômica Federal decidiram nesta sexta-feira (7) encerrar a greve nas cidades de São Paulo, Osasco e mais 15 municípios da região. O fim da paralisação foi acordado em assembleia, com cerca de 2,5 mil pessoas.
Mogi das Cruzes e Suzano
A partir da próxima segunda-feira (10), as agências da Caixa em Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Biritiba Mirim e Salesópolis, voltam a atender normalmente. Segundo o Sindicato dos Bancários de Mogi, responsável por esses municípios, a decisão foi tomada em assembleia realizada no fim da tarde desta sexta-feira (7). Os bancos privados e do Brasil, já haviam retomado atendimento no Alto Tietê.
RIO DE JANEIRO
Funcionários da Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro, em greve há 32 dias, decidiram voltar ao trabalho na segunda-feira, após assembleia no Centro do Rio nesta sexta-feira (7). A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria de imprensa. A decisão seguiu a de outras cidades do país.
Greve nacional mais longa
A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.
Negociações
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Impacto nos serviços
A greve afetou os serviços bancários em todo o país, pois algumas situações não podiam ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros meios alternativos.
Na quarta-feira (5), 13.123 agências e 43 centros administrativos ficaram fechados segundo a Contraf, o correspondente a 55% dos locais de trabalho em todo o país. O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 agências fecharam as portas.
Via G1
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